sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Surge no Facebook o esquadrão antifogos de artifício

Na maior Rede Social do planeta, o Facebook surge uma expressiva campanha brasileira contra os fogos de artifício, as bombas explosivas que aterrorizam os animais domésticos, silvestres e de produção – e não só os animais, mas crianças, doentes e idosos de nossa sociedade – e ameaçam toda a Natureza. Nesta época de Réveillon, quando muitos se preparam para soltar rojões, motivos de cães perdidos e feridos e de aves mortas, a notícia de que um esquadrão determinado de internautas utiliza a Rede Social para conscientizar o País do problema é animadora. O grupo foi batizado no Facebook como "Abaixo Fogos de Artifícios" e já tem milhares de adesões. Os coordenadores fazem uma Petição Pública para mudar a legislação. Leia entrevista com um dos coordenadores do grupo, o José Luis Soares, e os depoimentos de Ana Elisa de Rizzo e da estudante de Medicina Veterinária e dona de dois cachorros, Carla Pires.        

AnimaisOk – Como surgiu esse movimento no Facebook?
José Luis Soares – Iniciei o grupo “Abaixo Fogos de Artifícios” no final de 2010 com o objetivo de conscientizar as pessoas para os efeitos colaterais dessa ação ultrapassada, egoísta e assassina de comemorar com bombas. Possuo seis cães, dois deles nem se alteram quando ouvem os estampidos, dois ficam excitados e começam a correr, um entra em convulsão e o mais velho fica apavorado, treme e procura se esconder.

AnimaisOk – Como estão as adesões ao grupo?
José Luis Soares – Para minha surpresa as adesões são extraordinárias. Em dois dias, tínhamos mil pessoas e chegamos aos 5 mil em menos de um mês. Hoje estamos com mais de 24 mil membros ativos.

AnimaisOk – Quais efeitos nocivos dos fogos, além dos incêndios e do estresse em pessoas e animais?
José Luis Soares – Pelo Grupo tomei conhecimento de várias doenças que são causadas pela mistura de metais e outras substâncias que são usadas para dar a cor aos fogos. São centenas os efeitos colaterais dessas bombas. No Grupo existem várias pessoas que têm traumas psicológicos com as explosões e sofrem demasiadamente com elas. Os idosos, doentes, crianças são transtornados com o uso dessas bombas!

 AnimaisOk – Como está a Petição Pública?
José Luis Soares – Nossa Petição Pública será encaminhada ao Congresso Nacional com o intuito de criar uma legislação federal que termine com a fabricação, comercialização e uso indiscriminado. Estamos atualmente com 7,5 mil assinaturas. Precisamos de muito mais! O link é http://www.peticaopublica.com.br/?pi=soares11

Depoimento de Ana Elisa de Rizzo, uma das administradoras do grupo "Abaixo Fogos de Artifícios", no Facebook:
“Um dos principais objetivos em relação aos animais é conseguir fazer com que as pessoas respeitem a vida no planeta como um todo, e não apenas considerando o ser humano como superior e detentor da vida e da morte de outros seres. A consciência de que fogos de artifício são armas letais a animais e a seres humanos é fundamental para isso. Sabemos que é uma tradição, mas que tem de ser repensada como muitas outras foram. Fogos matam os animais, matam e ferem seriamente seres humanos e poluem intensamente o meio ambiente. É andar na contramão da nossa evolução moral, espiritual, científica e tecnológica."

Depoimento Carla Pires, dona de dois cães, moradora de São Paulo e estudante de Medicina Veterinária:
“Na minha casa enfrento duas situações distintas: com a Zara, uma pug de 5 anos, que chegou em nossa casa aos 30 dias de vida, e com a Teka, uma vira-lata de 4 anos, que adotamos já adulta. A Zara nos dias em que soltam fogos fica agressiva, ataca a Teka, late excessivamente, rodopia, corre de um lado para o outro, fica totalmente alterada. Já a Teka fica em pânico, vomita, se esconde, e não acha lugar que se sinta segura o suficiente. A primeira vez que presenciamos a cena pensamos até em pedir para a veterinária um remédio para dar em dias como o Réveillon, jogos da Copa do Mundo etc. Mas não posso medicar minhas cachorras com calmante toda vez que soltarem fogos. Vou prejudicar a saúde delas.
O que fazemos é NUNCA deixá-las sozinhas nestes dias de festa... Ficamos dentro de casa com portas e janelas fechadas até o barulho insuportável passar.
Seja na minha casa ou em casa de parentes e amigos – que já sabem que, se nos convidarem para passar Natal ou Réveillon, têm que incluir a Zara e a Teka. Esta nossa atitude é criticada por muita gente, mas só quem já presenciou uma crise de pânico de um cachorro por causa de fogos pode entender o desespero.”

LEIA REPORTAGEM DA "FOLHA DE S.PAULO" SOBRE O VIRA-LATA PARAFINA, que apareceu na escolinha de surfe de Santos assustado com os fogos de artifício do Réveillon do litoral paulista. A reportagem foi publicada na edição de sábado dia 29 de dezembro de 2012.  www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1207904-cao-vira-lata-das-ondas-vira-estrela-do-surfe-no-litoral-paulista.shtml





         

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O labrador Boy deseja a todos um Feliz Natal!!

                       Nossa mensagem de Natal de 2012 tem a foto de um amigo que foi abandonado nas ruas de São Paulo, em meio ao trânsito, e vive provisoriamente em um hotel: é  o labrador Boyde 10 anos, que representa aqui todos os animais velhinhos deixados para trás nas cidades deste País. Ele sofre de displasia coxo-femoral, o que torna difícil sua adoção. 

                  Que o Natal inspire os donos a seguirem com lealdade e amor eternos ao lado de seus animais.

                 Que o Natal inspire os seres humanos a terem paciência nas dificuldades e a respeitarem os seus animais doentes. 

O labrador Boy: abandonado nas ruas de São Paulo e 
resgatado desidratado e cansado.
                        

                             Mensagem especial:
                             "Não temais! Eis que eu vos anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo: Nasceu-vos hoje um salvador, que é Cristo-Senhor, na cidade de Davi. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido envolto em faixas deitado numa manjedoura."
                             – Lucas 2, 10-12 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O desafio de salvar a onça na Amazônia


O grupo de pesquisadores com a onça-pintada
na floresta amazônica. Foto de Eduardo Von Mühlen/Divulgação

REPORTAGEM EXCLUSIVAA foto acima foi feita na floresta amazônica em novembro deste ano e mostra uma linda fêmea onça-pintada (Panthera onca)que acaba de ganhar um colar de identificação e de transmissão de localização via sistema GPS. Foi enviada da selva diretamente para este blog. É um momento de uma pesquisa de ponta com um dos mais belos mamíferos de nossa fauna, a onça-pintada, espécie que o País tem a obrigação de preservar. A sedação do animal e a colocação do colar foi feita dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. É nesta Reserva que se desenvolve um projeto especial e trabalhoso, que busca estudar esse felino em seu habitat, conhecer seu comportamento e integrar um plano de preservação às comunidades da floresta. Ambicioso? Esses cientistas, entre os quais biólogo, estão tentando o novo caminho. A anestesia das onças e a colocação de colares com transmissão via GPS é um dos passos fundamentais para o projeto: os pesquisadores poderão saber agora, por exemplo, se essa onça-pintada da foto costuma se aproximar de áreas de risco, que são as propriedades rurais e estradas, quais as suas rotas de fugas e locais de caça. A pesquisa faz parte do Projeto Iauaretê, pertencente ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. O coordenador do projeto é Emiliano Esterci Ramalho.
O biólogo Pedro Meloni Nassar, que integra a equipe de pesquisa, concedeu entrevista a este blog por e-mail, escrevendo diretamente da selva amazônica. Leia a seguir a entrevista:
A belíssima onça-pintada sedada na floresta.
/Foto de Pedro Meloni Nassar/Divulgação
AnimaisOK –  O que é o projeto Iauaretê?
Pedro Meloni Nassar – O Projeto Iauaretê atua em várias vertentes. Procuramos saber sobre a ecologia da região e o comportamento da onça-pintada (Panthera onca) na várzea – as áreas alagáveis da Amazônia–, entender quais os conflitos entre a espécie e os moradores locais e como mitigá-los. Procuramos também trabalhar com educação ambiental nas comunidades e buscamos novas atividades e meios de arrecadar fundos para a pesquisa e para a conservação desse animal, por exemplo por meio do ecoturismo.
AnimaisOk – Qual a razão para a fixação do colar de identificação nas onças?
Pedro Meloni NassarO nosso principal objetivo no momento é a colocação do GPS-colar nos animais capturados, que nos fornecerá dados quase que instantâneos de onde o animal está. Desse modo, poderemos entender o padrão de movimentação da onça-pintada na região, tal como as áreas que ela prefere ficar, se fica na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá durante a época de cheia ou não, se anda próximo às comunidades, etc. Sabendo isso, podemos traçar estratégias de pesquisa, de manejo de animais de criação nas comunidades ribeirinhas, promover o ecoturismo e incluir os moradores locais na pesquisa.

AnimaisOk – O projeto busca uma integração com as  comunidades da região?
Pedro Meloni NassarNossa pesquisa procura unir a onça-pintada e a população local em uma ação que objetiva a conservação desse animal e a melhora da qualidade de vida das pessoas. Nós partimos do princípio de que, para se chegar ao objetivo da conservação, são necessárias pesquisas científicas sobre o tema que se quer conhecer e envolver a população na questão é fundamental, seja gerando benefícios econômicos através do meio ambiente, seja por meio da educação ambiental.

AnimaisOk – Neste contexto, o que você destacaria?
Pedro Meloni Nassar Gostaria que os leitores entendessem duas coisas: as pesquisas são feitas para tirar nossas dúvidas, levantar questões, aguçar a curiosidade, tentar mostrar como funcionam as coisas. Quando a gente lê um artigo, ouve um pesquisador falar sobre o trabalho e seus resultados, muito se clareia na nossa mente. Outras dúvidas aparecem e isso faz o mundo girar, porque alguém vai correr atrás e buscar explicar aquilo. Segundo, o mundo sem os animais, no mínimo, ficará mais feio e chato. É um prazer acordar e pensar na possibilidade de observar um boto, uma onça, ver as araras voando pela cidade ou ouvir um sabiá cantando de manhã. Observar, tocar ou sentir a presença de um animal muda a vida de uma pessoa e esperamos que eles sempre existam em riqueza e diversidade.

Frase destaque:

"O mundo sem os animais, no mínimo, ficará mais feio e chato. É um prazer acordar e pensar na possibilidade de observar um boto, uma onça, ver as araras voando pela cidade ou ouvir um sabiá cantando de manhã" (biólogo Pedro Meloni Nassar).


Conheça o blog do entrevistado: http://brasilesuafauna.blogspot.com.br/

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Jumentinho ganha de Papai Noel um pezinho novo

ESPECIAL DE NATAL 



EXCLUSIVO –  O jumento Juventino, apelidado de Juju, ganhou neste Natal de 2012 um presente realmente inesquecível de Papai Noel. Juventino tem agora um pé de resina e fibra de vidro, e ponta de alumínio e borracha, para a sua pata traseira esquerda que perdeu o dedo e o casco. É uma prótese (de cor azul) projetada especificamente para ele e que salvou-lhe a vida. Os jumentos (os asininos), assim como os cavalos, não conseguem andar e viver de maneira saudável com apenas três patas apoiadas no chão. A prótese de resina e alumínio foi desenvolvida por uma equipe determinada de professores e veterinários do hospital da Faculdade de Medicina Veterinária da FMU, no campus do Morumbi, zona sul da Capital. Ao que tudo indica, Juventino é o primeiro jumento brasileiro – e do mundo – a ganhar um pé artificial para poder andar, correr e até dar uns saltinhos. 
Juventino: símbolo de esperança.
Foto de Ricardo Osman
                          No início deste ano, quando vivia em uma fazenda no Tocantins, Juventino sofreu um acidente: uma corda enroscou-se em sua pata traseira esquerda no pasto e causou por "estrangulamento" a necrose do dedo principal (a extremidade da pata, pois os jumentos e os cavalos andam sobre dedos). Juju perdeu as falanges 3.º e 2.º por causa na necrose. Mas a partir daí sua sorte mudou. O dono de Juventino precisava vir a São Paulo e o trouxe. Em abril deste ano, Juju deu entrada, em estado crítico, no hospital da Faculdade de Medicina Veterinária da FMU.  O paciente foi examinado e, diante do quadro complexo e aparentemente sem solução, o proprietário decidiu doar o animal para uma professora. Neste momento, a coordenação da faculdade, professores e profissionais do hospital Veterinário decidiram tentar uma solução inédita em asininos, mas já bem-sucedida em cavalos e até golfinhos (o caso de Winter, nos EUA): desenvolver uma prótese específica para o paciente, tarefa difícil, porque o material e até o peso do objeto deveriam ser testados à exaustão. Foram muitas tentativas e erros nestes nove meses. No percurso, Juju passou por uma cirurgia, com anestesia geral. Uma infecção da ferida levou à amputação da primeira falange. Ao todo, ele perdeu cerca de 12 centímetros da extremidade da pata.   
SUCESSO –  Mas, agora em dezembro, a prótese definitiva foi concluída com sucesso. Juventino terá de usá-la pelo resto da vida, tirando-a regularmente para limpeza. "Juventino já se adaptou à prótese", disse a veterinária Bianca Bueno Gomes, uma das integrantes da equipe. "Sem esse recurso, ele não iria conseguir andar, forçaria as outras três patas, poderia nem mais se levantar." É verdade que o paciente colaborou bastante com o tratamento. Viveu no hospital por todos esses meses, teve curativos trocados diariamente, sem reclamar. Hoje, ele usa também uma liga de descanso (de cor vermelha) na pata traseira direita, para não forçar demasiadamente o membro.
                       Neste Natal, Juventino teve alta do hospital da FMU e está seguindo para uma chácara no interior de São Paulo, seu novo e definitivo lar. Com certeza, vai encantar ainda mais o Natal de todas as crianças da região e daqueles que poderão desfrutar de sua companhia.  Afinal, os jumentinhos estão nos presépios criados por São Francisco e Juju é um símbolo da Esperança, da Paz e da Perseverança. Um pequeno milagre da ciência registrado em uma instituição de ensino da cidade de São Paulo. 
                          Juju, este blog deseja Um Feliz Natal. Que Deus o abençoe.

                          Agradecemos às professoras Ana Claudia Balda e Silke Schwarzbach, à veterinária Bianca Bueno Gomes e parabenizamos toda a equipe.

IMAGENS – O blog AnimaisOk acompanhou, com exclusividade, o tratamento e a colocação da prótese, de cor azul. Além do vídeo (acima), veja as fotos abaixo dos primeiros passos de Juventino com a nova prótese.

                


Fotos de Ricardo Osman
Foto 1: Juventino deitado para colocar a prótese.
Veja a pata traseira sem o dedo e o casco. 


Foto 2: Juventino aguarda pacientemente,
 enquanto é feita a limpeza da pata.


Foto 3: Tem início o curativo, o local recebe
camadas de gaze.


Foto 4: Hora de colocar a prótese, de cor azul,
feita de resina e fibra de vidro, com ponta de alumínio e borracha.
Repare o revestimento interno de espuma.
                                                               

Foto 5: A prótese é colocada com cuidado.
O animal vai usar o pé artificial pelo resto da vida.
Inclusive vai dormir com a prótese. 
                                          

Foto 6: Pronto. Em menos de dez minutos
todo o procedimento foi concluído. 
                                                                         
                                        
Foto 7: A pata traseira direita ganha
uma liga de descanso (cor vermelha)
para evitar que o animal forçe o membro.
                                                    
                                               
Foto 8: Juventino já pode ficar de pé. A prótese
será retirada e recolocada após limpeza sempre que necessário.
Foto 9: Tudo pronto, ele parece mostrar
para a câmera fotográfica o seu presente de Natal.
                                                                    
                   
         

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O Novo Brasil Exige Proteção para Todos

Leia abaixo o artigo escrito pelo autor deste blog, Ricardo Osman, e publicado no site do movimento Crueldade Nunca Mais (http://www.crueldadenuncamais.com.br/)

                     "O Brasil aprovou recentemente a lei Carolina Dieckmann que prevê punição mais rigorosa para crimes contra a privacidade das pessoas na internet. É sinal claro de adaptação da legislação ao novo Brasil. Outro exemplo são as penas mais rigorosas impostas aos réus do Mensalão, em crimes de notória impunidade. Da mesma forma como ocorreu com a internet e com a corrupção, nossa relação com os animais mudou nos últimos 20 anos. O Brasil mudou, a relação das famílias com os animais de estimação mudou, o respeito à Natureza é outro, a defesa dos animais silvestres é outra. Também no Capítulo dos animais precisamos de nova e mais rigorosa legislação. Por isso, as mudanças previstas no texto do Novo Código Penal (em tramitação no Congresso) me parecem adequadas, prontas, para este novo Brasil da internet, de Joaquim Barbosa, do respeito maior ao meio ambiente, que não tolera maus-tratos ou o abandono de animais – e nem cópias de fotos não autorizadas.
                     Este País, sem dúvida, exige punição rigorosa contra tais crimes.
                     Mas aqui e ali ouvimos críticos reclamando do texto do Capítulo reservado aos animais do Novo Código Penal. Eles confrontam as punições dos crimes contra animais e de crimes contra pessoas. Comparam, medem as punições e acham absurda a severidade de penas impostas por crimes que lhes parecem menores. Os críticos não visualizam de forma abrangente a coerência e os benefícios decorrentes para os seres humanos do maior rigor aplicado aos crimes contra animais. A coerência é conceitual: animais são indefesos assim como as nossas crianças. A punição severa e exemplar contra quem abandona e maltrata animais no Brasil irá somar-se à proteção que dedicamos, por exemplo, às crianças e jovens no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Um capitão da Polícia Militar Ambiental de São Paulo já disse, em entrevista, que quem comete crimes contra animais é uma ameaça a toda sociedade, pois a experiência comprova que muitos criminosos que começam atacando “não-humanos” e indefesos, passam depois a atacar os humanos.
                    Os bichos são uma espécie de anjos da guarda que nos permitem levar à reflexão, educar, punir e, eventualmente, prender quem vai praticar ou já pratica crimes contra as pessoas ou o patrimônio.
                    Criminosos não fazem distinção de espécies.
                    Mesmo se considerarmos uma visão que privilegia os seres humanos – ou seja, o ponto de vista homocentrista –, as mudanças do Novo Código Penal são também favoráveis, são positivas, devido à proteção extra que trazem contra os perigos que rondam a sociedade. O rigor servirá como prevenção.
                     O Novo Código Penal, se for aprovado como está, determinará para quem praticar abuso ou maus-tratos a animais domésticos, domesticados ou silvestres, nativos ou exóticos, pena de prisão de um a quatro anos (a punição pode ser aumentada se ocorrer lesão grave permanente ou mutilação do animal). Hoje, a penalidade é branda, o crime é considerado pela lei como sendo de menor potencial ofensivo, com detenção de até um ano e multa. Ninguém, na prática, vai para a cadeia. O novo texto vai penalizar com igual rigor quem transportar animais de forma inadequada e quem abandonar cachorros em parques. Há também pena mais severa para quem destruir um ninho de ave.
                       Qualquer jornalista experiente neste País, que já acompanhou operações da polícia em morros do Rio de Janeiro e em outras cidades, sabe que bandidos não se importam nem com gatos, nem com cães, com pássaros e nem com gente. Quando estão dispostos a assaltar, matar e queimar agem indiferentemente em relação às espécies, ao gênero, estão drogados, tomados pela soberba. Os últimos sujeitos que se aproximaram de bandidos no Rio achando que eles tinham algum discernimento morreram queimados em pneus, como mostra o filme “Tropa de Elite”, cena baseada em fatos reais.  
                        O menino da caverna urbana
                       No Centro de São Paulo, temos uma história distinta, mas que encoraja o rigor na lei. Os críticos falam muito no “abandono de incapaz” (seres humanos) para confrontar os pesos e as medidas da lei. Conheci um menor abandonado, de acordo com os critérios do ECA, L., de 12 anos, que vivia sob uma passarela no Terminal Bandeira. Fugira de casa e foi morar ali com amigos e um gatinho, o Mingau. Em uma manhã o local pegou fogo. L. conseguiu escapar, mas não encontrou na fuga o seu gatinho. Horas depois dos Bombeiros apagarem o fogo, L. entrou na “caverna urbana” e resgatou o gato Mingau (tudo registrado em fotos). O jovem amava aquele gato. A pergunta é: se, por hipótese, a investigação mostrasse que o incêndio foi criminoso – como há suspeita sobre tantos incêndios em favelas em São Paulo em 2012 – não deveria o agressor ser julgado e, se condenado, punido pela ameaça ao menino L. e ao gatinho Mingau? As coisas não se somam? O que o caro leitor acha?
                        Já na cidade gaúcha de Caxias do Sul, o catador de papel Carlos Miguel dos Santos, de 45 anos, foi morto em setembro deste ano, depois que jovens atearam fogo onde ele dormia, em um depósito de lixo. A polícia investigou o crime e prendeu os jovens. O catador morto deixou para trás seus queridos cachorros, Scooby e Preta, que ficaram desolados, segundo reportagem do UOL. Os cachorros passaram a perambular pelo depósito de lixo, ao lado da carroça de Santos, fiéis e enlutados. Podem até vir a ficar doentes. Portanto, não deveriam os criminosos, depois de julgados e condenados, pagar pela morte do catador de papel e pelo dano aos animais?
                         Os críticos das mudanças no Novo Código Penal são, às vezes, os mesmos que cometem outro erro. Algumas pessoas se dizem alarmadas com o fato de cães e gatos receberem ração de primeira em um País onde crianças passam fome. Isso é hipocrisia. As crianças passam fome no Brasil por culpa exclusiva dos seres humanos, do homo sapiens. É a corrupção dos políticos, dos governantes. A única espécie responsável pela fome das crianças é a nossa. A bandidagem que toma conta deste País, presente em Brasília e nas pequenas cidades, é que rouba as merendas e o dinheiro dos nossos impostos que deveria por as refeições nas casas dos trabalhadores e nas escolas. Neste ano, o País vai arrecadar R$ 1,5 trilhão em impostos (dados do Impostômetro, da ACSP). Pergunto: para onde vai todo este dinheiro? A ineficiência do Estado e a irresponsabilidade de pais colaboram com essa realidade.
                       Os bichos não têm nada a ver com isso.
                        Os animais nos aquecem, como mostrou São Francisco no presépio, nos fazem companhia, nos curam da solidão, e até nos fornecem alimentos, como o leite. Muitas vezes, morrem em nosso lugar, como ocorreu em Goiânia, quando uma mulher, em terrível surto de agressão, matou uma cadela Yorkshire na frente da filha (a cena foi gravada em vídeo). A cachorrinha foi o anjo da guarda daquela criança, serviu-lhe de escudo contra uma humana (mãe) frustrada e fora de controle.
                         A cena no Youtube nos mostra com clareza que havia duas indefesas naquela situação. Dois crimes ocorreram. Vamos ver aquela criança ao lado do animal, e proteger a ambos com leis mais rigorosas.
                        É isto o que o novo Brasil espera de nós!

                        Abraços em todos,
                        Ricardo Osman
                        Jornalista e estudante de Medicina Veterinária, autor do blog AnimaisOk
                        Ricardo Osman foi repórter de O Globo e de O Estado de S. Paulo. Formado pela Escola de Comunicação Social da UFRJ."

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Uma exposição que você não pode perder

O Conjunto Nacional, localizado em São Paulo, apresenta de hoje (dia 26/11) a 8 de dezembro a exposição Celebridade Vira-Lata 2013 que, além de fotos de simpáticos cães sem raça definida que ganharam uma vida digna, traz também painéis educacionais. A informação nos chegou pelo Instituto Nina Rosa. O evento marca o lançamento do Calendário 2013 do projeto Natureza em Forma.
Por meio das lentes do fotógrafo Ricardo De Vicq, profissional do mercado publicitário brasileiro, a exposição traz doze fotos inéditas das estrelas do calendário, com suas histórias.
No debate, serão abordados temas institucionais como a criação do primeiro hospital público veterinário de São Paulo, o trabalho do Centro de Adoção de animais (Centro de Adoção Natureza em Forma), onde cada cidadão tem direito a esterilizar  até dez animais, graças a parceria com o Centro de Controle de Zoonozes de São Paulo, o CCZ. O projeto Calendário Celebridade Vira-Lata está em sua quarta edição e tem 100% da renda revertida para a causa dos animaisa. Segundo os organizadores, tem o objetivo de apoiar a adoção, promover obras sociais, atuar na inclusão social de sem raça definida, incentivando os cuidados com esses animais, além de ajudar diretamente no patrocínio de castrações coletivas de cães e gatos.

Serviço:Exposição Celebridade Vira-Lata 2013
Data: de 26/11 a 08/12
Local: Conjunto Nacional
Horário: de segunda a sábado das 07h às 22h.
domingos e feriados das 10h às 22h
End.: Av. Paulista, 2073 – Térreo São Paulo- SP
Curadoria: Luciane Sarraf

domingo, 25 de novembro de 2012

Plantão de Notícias: Ministério da Agricultura instala Câmara Setorial de Animais de Estimação.

Leia notícia que vem direto de Brasília, da assessoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa):
  "Promover o crescimento do setor com geração de renda e emprego. Com essa expectativa, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, instalou na terça-feira, dia 20 de novembro, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Animais de Estimação (CSPet). Na cerimônia em Brasília, o ministro destacou que a criação do foro é o reconhecimento do Mapa a um setor que atende mais de 101 milhões de animais de estimação, fatura cerca de R$ 20 bilhões por ano e gera em torno de um milhão de empregos diretos e indiretos. "A intenção do governo é organizar o setor e promover políticas públicas para um segmento que cresce a cada dia, com expectativa grande de faturamento e geração de emprego”, destacou Mendes.
  A Câmara Setorial Pet vai reunir representantes do governo e do setor privado para debater assuntos essenciais para o fortalecimento do mercado de animais de estimação. O setor já tem definida a Agenda Estratégica Pet Brasil 2012-2017, com prioridade para debates sobre governança da cadeia, fomento, marco regulatório, marketing e promoção e capacitação.
  A primeira reunião da Câmara Setorial Pet será realizada em fevereiro de 2013. De acordo com o presidente-executivo da Abinpet e presidente da CSPet, José Edson de França, o foco para os debates no próximo ano será o marco regulatório para o setor e a questão fiscal. “Esse foro vai ajudar a construir políticas eficazes para o setor”, acredita França.

No segundo maior mercado mundial do setor, o cachorro é o animal com maior preferência entre os brasileiros, com 35,7 milhões bichos. Em segundo lugar vêm os peixes (25 milhões), seguido pelos gatos (19,8 milhões) e aves (18,5 milhões). A população de outros animais de estimação é de 2,1 milhões.

domingo, 18 de novembro de 2012

O trabalho da ONG Patas Therapeutas

    A ONG Patas Therapeutas vem realizando um trabalho valioso na cidade de São Paulo. A organização oferece Terapias Assistidas por Animais. Um exemplo são as terapias que contam com cães, devidamente treinados e preparados, que visitam pacientes em hospitais, garantindo momentos de interação e de carinho. “A ONG Patas Therapeutas foi fundada em junho de 2012 e sua missão é oferecer os benefícios dos efeitos da convivência com animais, o que tem resultados cientificamente comprovados para a saúde física, emocional, mental e social”, disse Silvana Fedeli Prado, superintendente técnica da ONG Patas Therapeutas, em entrevista ao blog AnimaisOK.O trabalho colabora para o resgate dos vínculos afetivos, do prazer e da qualidade de vida das pessoas.”
   Silvana Prado, que tem larga experiência na área, lembra que o lema da organização é "resgatando amor e alegria para quem mais precisa”. Conforme afirmou, os participantes do projeto são voluntários e profissionais com seus próprios animais, ou até sem animais, que atuam junto às instituições atendidas pela ONG. Os animais seguem rígidos protocolos de saúde e comportamento. "Os benefícios são muitos. As crianças deixam os seus leitos e mesmo 'plugados' em soro e medicamentos, querem participar das atividades com os cães”, disse Silvana. “E crianças que não podem sair da cama pedem para que os cães venham até elas e muitas vezes compartilham da mesma cama.”
     Todos os que amam os cães, e convivem com eles, sabem que esses são anjos de quatro patas. Alguns cães têm aptidão especial para o trabalho terapêutico, como o Golden Apolo, capaz de encantar imediatamente as crianças. Que Deus abençoe a todos envolvidos neste projeto. Parabéns à direção por esse extraordinário trabalho.
A ONG atua nos seguintes locais:
ABECAL: abrigo de crianças vitimadas.
Hospital Infantil Darcy Vargas.
Abrigo de idosas – Projeto de Aves Terapeutas
Para mais informações: página do Patas Therapeutas no Facebook

Plantão de Notícia: Ministério vai instalar Câmara Setorial de Animais de Estimação.

Plantão de Notícias do blog AnimaisOk publica na íntegra importante comunicado do Ministério da Agricultura do Brasil:
"O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, instala nesta terça-feira, 20 de novembro, às 14 horas, na sala de reuniões CNPA, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Animais de Estimação. O fórum vai reunir representantes do governo e do setor privado para debater assuntos essenciais para o fortalecimento do mercado de animais de estimação, bem como fomentar e implementar políticas públicas para esse segmento.
O Brasil tem o segundo faturamento mundial do mercado pet, como também é conhecido o comércio de animais de estimação. Com perspectiva de movimentar R$ 13,6 bilhões em 2012, de acordo com Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o setor tem definida a Agenda Estratégica Pet Brasil 2012-2017, com prioridade para debates sobre governança da cadeia, fomento, marco regulatório, marketing e promoção e capacitação.
Esses temas foram definidos pelo Grupo de Trabalho (GTPet) vinculado à Câmara Temática de Insumos Agropecuários, onde assuntos relacionados à cadeia Pet eram tratados anteriormente.
Animais de estimação
São animais criados para o convívio com os seres humanos por razões afetivas, gerando uma relação benéfica. Têm como destinações principais: terapia, companhia, lazer, auxílio a portadores de necessidades especiais, esportes, ornamentação, participação em torneio e exposições, conservação, preservação, criação, melhoramento genético e trabalhos especiais."
Os principais grupos animais são: aves canoras e ornamentais, domésticas, silvestres e exóticas; cães; gatos; peixes ornamentais e outros (répteis, pequenos roedores, pequenos mamíferos), domésticos, silvestres e exóticos."



sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Os bezerros e a chuva

Professora e pesquisadora Andrea Roberto Bueno/Foto de Ricardo Osman
ENTREVISTA EXCLUSIVA – Na natureza, como se diz, todas as coisas se relacionam. As plantas, os animais, a chuva e o sol. Algumas relações já estão claras para nós como as flores que surgem na primavera e os animais que mudam de comportamento conforme a luz diária é reduzida no inverno. Muito já se falou sobre o impacto da chuva sobre os animais nos campos, e alguns chegam a dizer que os bichos são capazes de prever temporais. Mas, agora, pela primeira vez, uma professora e pesquisadora brasileira aponta a relação direta entre o clima e o comportamento dos bezerros recém-nascidos, abrindo uma porteira para novas investigações.
            Não se trata mais de papo de naturalistas empolgados ou de esotéricos de plantão. Os filhotes das vacas que nascem nos pastos vão se levantar rapidamente ou lentamente para a primeira mamada de acordo com a precipitação de chuvas no momento, e a temperatura do ambiente. Quanto mais chuva e frio mais o filhote demora para se ergue no pasto. A diferença de tempo pode chegar até 6 horas! Animais frágeis, nos seus primeiros minutos em um mundo desconhecido, regulam suas atitudes e esforços em função da umidade. A natureza é sábia e desta vez sua sabedoria foi flagrada.
           A afirmação é uma das principais conclusões da tese de doutorado “Relações Materno-Filiais e Estresse na Desmama de Bovinos de Corte” da professora e pesquisadora Andrea Roberto Bueno, realizada para a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, da Universidade Estadual Paulista. O estudo traz contribuições valiosas para o bem-estar de animais de produção.
           “A precipitação pluviométrica aumenta a latência para a primeira tentativa para o bezerro levantar e para iniciar a primeira mamada, portanto maiores cuidados devem ser tomados com os animais nascidos em dias chuvosos”, diz Andrea Roberto Bueno em suas Conclusões. Em entrevista a este blog, a pesquisadora declara que os produtores devem observar o parto no pasto e nos dias mais chuvosos ajudar o bezerro a se levantar se ele apresentar dificuldades. Mamar é fundamental para assegurar a saúde e garantir proteção imunológica por meio do colostro. “O bezerro não tem habilidades para controlar a temperatura do corpo, e nos dias chuvosos ele perde mais calor”, explica a professora. “Ele não se levanta para não se expor à umidade e ao frio.” 
BEM-ESTAR ANIMAL – A professora conseguiu atestar este comportamento (devidamente cronometrado) ao analisar em minúcias a atenção que as vacas dispensam aos bezerros após o nascimento. Ela confrontou dados de sua pesquisa recolhidos em meses distintos do ano e percebeu que havia diferença de tempo nessa atenção materna. “Esse efeito pode ser reflexo das diferenças climáticas entre os diferentes meses”, afirma a autora na tese de doutorado. “Segundo Cromberg (1997), a movimentação do bezerro nas primeiras horas após o parto influenciou o comportamento da vaca em relação ao bezerro. Assim, como nos meses de março e abril a quantidade de chuva é maior do que nos meses de maio e junho, e a PTL (latência para a primeira tentativa para levantar) foi influenciada pela precipitação, é possível que com a maior quantidade de chuva nos meses de março e abril, o bezerro retarde seus primeiros movimentos, o que atrairia menos a atenção da vaca”, diz a professora. Para realizar o estudo, Andrea trabalhou muitas vezes até 12 horas no campo, munida com uma boa capa de chuva.
MUDANÇAS  CLIMÁTICAS – A tese, orientada pelo doutor Maurício Mello de Alencar, é peça fundamental no bem-estar do animal de produção. “Um bom manejo dos bezerros está relacionado ao bem-estar desses animais”, diz Andrea. Além disso, o estudo concluído em 2002, chega em momento oportuno: está na pauta das discussões o aquecimento global e as mudanças drásticas no clima do planeta, que podem interferir no cotidiano de todos nós, nos níveis dos mares e, sabemos agora, na vida dos bezerros também.
         
Foto ilustração/Ricardo Osman
              


terça-feira, 30 de outubro de 2012

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Uma ideia que pode salvar a vida de seu animal

Alguns produtos podem reduzir os perigos que rodeiam cães e gatos na vida doméstica. A empresa Save Dog, com sede no interior de São Paulo, desenvolveu e patenteou a "Plataforma Save Dog", que ajuda cães e gatos a saírem da piscina no caso de um acidente. A morte de animais domésticos por afogamento em piscinas é grande no Brasil. Embora saibam nadar, e nadam muito bem, os cães, por exemplo, não conseguem sair da água sozinhos por causa da diferença entre o nível da piscina e o piso – diferença marcada pelo último latrilho. Eles nadam desesperadamente até morrer. Já ouvi muitas histórias tristes assim, que abalam famílias.
Portanto, vale a pena a gente conhecer esta e outras soluções que possam existir no mercado. Este blog apenas conta esta história para que o leitor, caso tenha piscina em casa, procure encontrar sua própria solução. A ideia de cercar a piscina com portões não é tão eficiente porque, volta e meia, alguém deixa a porta aberta e o animal vai lá cheirar a água e pode escorregar.
Reportagem publicada no Diário do Comércio, jornal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), neste mês de outubro conta a história da Save Dog e do veterinário que desenvolveu a Plataforma para piscina.
Para saber mais: http://www.savedog.com.br/

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

ELEIÇÕES 2012 – Saiba em quem você vai votar. Cuidado com os OPORTUNISTAS!

                                           Amigos e amigas deste blog, alerto a todos para que neste domingo votem de maneira consciente e responsável, procurando conhecer de perto a história dos candidatos que se dizem defensores do bem-estar dos animais. São muitos os candidatos que se apresentaram em todo o País como amigos dos bichos, porque já sabem que o eleitor está cobrando dos vereadores e dos prefeitos o respeito aos animais e a harmonização entre pessoas e bichos. Procure conhecer o que seu candidato já fez de fato a favor dos animais, pergunte, questione, procure informações sobre trabalho voluntário, textos escritos e vasculhe até na internet.
                                           Infelizmente, surgem nas campanhas eleitorais os falsos amigos dos bichos, os interesseiros, os postulantes aventureiros de última hora, que nada ou quase nada fizeram pelos animais e que agora sobem nos palanques se dizendo defensores de cães, gatos e passarinhos. Esta semana, recebi um "santinho" de um candidato a vereador na cidade de São Paulo cujo histório na defesa dos animais é totalmente desconhecido. O candidato se apresenta como "protetor tradicional" dos bichos. Nunca tinha ouvido falar do sujeito e as informações que apurei não lhe dão nenhuma credibilidade no assunto. É gente OPORTUNISTA! QUER PRESTÍGIO E DINHEIRO PÚBLICO. NÃO QUER SALVAR OS ANIMAIS.
                                          Vote no domingo com atenção redobrada.
                                          Este blog é apartidário.
                                          Espero que Deus ilumine a todos os eleitores, 
                                          Abraços,
                                          Ricardo Osman

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

4 de outubro, Dia de São Francisco de Assis.

Pintura italiana de 1235


Nesta quinta-feira, dia 4 de outubro, foram rezadas missas em homenagem a São Francisco de Assis, o santo dos animais e das plantas, o santo da Ecologia. Na Paróquia São Francisco de Assis, na Vila Clementino, em São Paulo, vários animais foram abençoados. As missas ocorreram quase de hora em hora. O pároco da Vila Clementino, Frei Djalmo Fuck, disse que para este santo franciscano o que importa é promover no mundo a fraternidade universal. "Não são seus irmãos somente os seres humanos, mas toda a criação é convidada a dar graças ao nosso Pai Criador. São Francisco de Assis é um homem misericordioso, compassivo, alegre, livre, cortês, serviçal, menor e irmão universal. Esse homem ecológico viveu há 800 anos e é mais atual do que a nossa sociedade. Nós é que somos velhos perto dele", afirmou Frei Djalmo.
Agradecemos a São Francisco de Assis a sua proteção. São Francisco foi proclamado Patrono da Ecologia pelo Papa João Paulo II no dia 29 de outubro de 1999.
Endereços para orações:

Paróquia São Francisco de Assis

Rua Borges Lagoa, 1209, Vila Clementino, São Paulo, SP
Tel: (11) 5576-7960

Convento São Francisco
Largo São Francisco 133, São Paulo
Tel (11) 3291-2400

Paróquia Santo Antônio do Pari
Praça Padre Bento, 13 - Pari - SP
Tel (11) 3311-0513


Para saber mais: http://www.franciscanos.org.br/vilaclementino/

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Estudo inédito aponta o faturamento do setor pet no Brasil: R$ 12,7 bilhões.

Reportagem publicada nesta segunda-feira, dia 1, no caderno de Economia do Diário do Comércio, jornal da ACSP, mostra que o mercado de produtos e alimentos de animal de estimação deverá movimentar neste ano no Brasil R$ 12,7 bilhões, segundo estudo da GS&MD – Gouvêa de Souza concluído neste mês. Trata-se de um mercado que vem exibindo crescimento de mais de 10% ao ano. Em 2010, o faturamento total foi de R$ 10,1 bilhões e em 2011, de R$ 11,3 bilhões.
Ainda conforme o estudo, existem hoje no País 50 milhões de animais de estimação, o que equivale a dizer que um em cada quatro brasileiros tem a companhia de um cãozinho, um gatinho ou até um coelhinho. Os cães são 29 milhões deste total.
Mas o estudo realizado nas regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste do País revela que o ambiente da internet é uma novidade no setor. Do total de lojas (pet shops) consultadas, 74% disseram que não têm website e 87% afirmaram que não vendem produtos ou ração pela internet.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Professor Donald Broom, pioneiro do Bem-Estar Animal, avisa: o poder está com os consumidores.

 Donald Broom, de Cambridge, ao centro na mesa,
durante palestra no auditório Ulisses Guimarães, da FMU/Foto divulgação.
                  O pesquisador Donald M. Broom, pioneiro nas pesquisas para o Bem-Estar Animal, veio ao Brasil, nesta semana, para dar um recado importante: o poder de pressionar e mudar a linha de produção na pecuária, nas granjas, nas fazendas e nos frigoríficos está com os consumidores.  É o que ocorre neste momento em toda a Europa. Os consumidores fazem suas escolhas nos supermercados (varejo) e a partir daí as suas "exigências" em relação ao cuidado com os animais chegam à indústria e aos criadores.                            
Professor do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, Broom participou nesta quarta-feira, dia 26, do I Simpósio de Saúde Ambiental realizado pela FMU, no campus do bairro da Liberdade, na Capital paulista. Segundo Broom, a força dos consumidores na Europa trouxe expressivas mudanças. Foram pressões como estas que ajudaram os bezerros, que eram criados em caixas na França, e porcos que ficavam excessivamente estressados ao serem transportados. Os consumidores ajudaram ainda a salvar os golfinhos que ficavam presos em redes de pescadores de atum, ao se negarem a comprar atum em lata. Foi preciso uma espécie de certificado, de que as redes foram modificadas para não capturar golfinhos, para o produto sair das prateleiras. 
                  Broom falou também sobre a crise econômica que atinge o continente europeu, sobretudo a Espanha e a Grécia. Estudantes perguntaram se crise e o desemprego mudaram a atitude dos consumidores em relação ao Bem-Estar Animal. Broom afirmou que há registros na queda de consumo de alimentos orgânicos (cujos preços são sempre mais altos), mas nada foi alterado em relação aos produtos ligados ao Bem-Estar Animal. "Não há nenhum efeito sobre os produtos (obtidos no conceito de bem-estar animal), porque as medidas de bem-estar animal na produção não alteram os custos. As mudanças nos preços dos produtos quando ocorrem são pequenas", afirmou Broom. Agradecemos a presença do pesquisador no Brasil.