quarta-feira, 30 de outubro de 2013

"Há métodos mais evoluídos que dispensam os testes em animais", diz o deputado Ricardo Tripoli.

 
Deputado Ricardo Tripoli/Divulgação
ENTREVISTA EXCLUSIVA

No meio da confusão que surgiu nas Redes Sociais logo após a invasão e resgate de 178 beagles do Instituto Royal – animais utilizados em testes científicos –, localizado em São Roque, no interior de São Paulo, o advogado, ambientalista e deputado federal (PSDB) Ricardo Tripoli, 60 anos, foi uma voz corajosa e esclarecida que ajudou a dar orientação aos protetores e à população. Formado em Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e com larga experiência no Congresso Nacional, Ricardo Tripoli ofereceu apoio de seu escritório para aqueles que resgataram os beagles, de forma a assegurar o legítimo direito de defesa de todos. Tripoli foi além: ao tomar conhecimento de que dois cães (fêmeas) que eram utilizados em pesquisas no Royal foram encontrados nas ruas de São Roque ele foi à delegacia local e assumiu a responsabilidade pelos animais, colocando-se como fiel depositário, um colaborador da Justiça. Os dois beagles estão em sua casa em São Paulo. O parlamentar ambientalista concedeu entrevista exclusiva ao blog AnimaisOK sobre o papel do Congresso neste episódio. Leia a seguir:


AnimaisOK – A invasão e o resgate de 178 beagles do Instituto Royal, em São Roque (SP), estimulou o debate no País sobre o Bem-Estar Animal e as pesquisas científicas com cobaias. Qual o papel do Congresso Nacional neste momento?
Ricardo Tripoli O Congresso Nacional é a caixa de ressonância do País. Todos os assuntos que são relevantes para a vida prática dos cidadãos são discutidos no âmbito das Comissões Permanentes e nos Plenários da Câmara e do Senado. No caso específico envolvendo o Instituto Royal, instauramos no Parlamento, uma Comissão Externa para investigar o assunto. Também foi realizada audiência pública para o debate e a cobrança de investimentos em métodos substitutivos ao uso do animal. Debateu-se o interesse e a confiança da comunidade científica em pesquisas que sejam realizadas desta forma. Há inúmeros projetos de lei em tramitação que tratam da temática.

AnimaisOk – O Instituto Royal fez segredo sobre suas pesquisas. Neste momento, o cidadão brasileiro pede, antes de tudo, transparência. Há como exigir que institutos como o Royal sejam obrigados a dar informações à comunidade, ao parlamento, sobre suas pesquisas?
Ricardo Tripoli Claro que sim. É exatamente neste sentido que o nosso trabalho de apuração está sendo realizado. Como relator da Comissão Externa que investiga o caso, estou recebendo e reunindo documentos referentes ao funcionamento do Instituto Royal.  Já temos algumas informações que serão anexadas ao relatório e apresentadas em breve. No próprio estatuto do Instituto Royal, em seu artigo 2.º, há  determinação de que as informações sejam divulgadas. Segundo o documento, o instituto fica obrigado a divulgar informações adquiridas durante o desenvolvimento dos projetos, pesquisas e ações realizadas.

AnimaisOk – O que é o Código Federal do Bem-Estar Animal, que o sr. propõe?
Ricardo Tripoli – É o Projeto de Lei 215/2007. A proposta institui o Código Federal de Bem-Estar Animal e surgiu da necessidade de acabarmos de vez com os maus tratos promovidos contra os animais no País. O projeto é importante porque estabelece normas para as atividades de controle populacional e de zoonoses, experimentação científica e criação. A proposição atende ao padrão mundial que reprova os maus-tratos aos animais. O principal objetivo do Código é assegurar que os animais fiquem livres de ferimentos, doenças, fome, sede, desconforto, dor, medo e estresse. Como o projeto é extenso seu processo de elaboração foi longo, fruto de intensos debates. Contamos com a participação de vários segmentos da sociedade civil organizada e do meio acadêmico.  O projeto institui, por exemplo, normas de bem-estar na criação, reprodução, manejo, transporte, comercialização e abate dos animais destinados ao consumo ou para produção de subprodutos.

AnimaisOK – O que falta para esse Código ser aprovado?
Ricardo Tripoli – Apresentei o Código em fevereiro de 2007, portanto, logo no início da 53.ª legislatura. Em novembro do mesmo ano, a Mesa Diretora decidiu que projeto fosse analisado por uma Comissão Especial, composta de 17 membros titulares e de igual número de suplentes, mais um titular e um suplente, atendendo ao rodízio entre as bancadas não contempladas. Estamos aguardando que as lideranças partidárias indiquem seus respectivos membros. Em relação a sua tramitação, percebemos que existem resistências fora do Congresso Nacional, pois fixamos normas que restringem o uso de animais em experimentação científica. Infelizmente não há como prever a aprovação de nenhuma proposição legislativa no Congresso Nacional. Sabemos que a apreciação e aprovação dos projetos não depende apenas da vontade de seus autores, mas da disposição política dos líderes partidários e dos membros da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.

AnimaisOk - O sr. ofereceu apoio jurídico aos ativistas que resgataram os beagles, O sr. ficou com a guarda de dois cães. Há o risco destes cães serem devolvidos ao instituto? O que se pode fazer na Justiça para impedir isso?
Ricardo Tripoli Disponibilizei a equipe jurídica do meu escritório de advocacia. Como parlamentar, meu apoio aos animais permanece mantido, pois além de plataforma de atuação política, o faço por ideal. Acredito que não há o risco de os cães serem devolvidos. Sou fiel depositário. Um colaborador da Justiça. Sou responsável por elas, que além de animais adoráveis, são prova neste processo.  Evidentemente, por questões de ordem social, estratégica, além daquelas de ordem técnica, os animais resgatados não se prestam mais à pesquisa. O Instituto, inclusive, já se manifestou no sentido de doá-los, todos. Mas, se preciso for, as defenderei judicialmente. Estou cuidando delas e pretendo fazê-lo sempre. Quem estiver com os animais e não puder mantê-los ou cuidar devidamente deve se responsabilizar. Ou se sentir mais confortável, disponibilizá-los à Justiça, que fará o encaminhamento a depositários: pessoas físicas ou organizações de proteção animal, para futura adoção.

AnimaisOk – Qual sua posição sobre as pesquisas feitas com animais (cães, roedores e coelhos)?
Ricardo Tripoli – Penso que há métodos mais evoluídos que dispensam a utilização de animais em testes dessa natureza. Enquanto nossa legislação não mudar, é necessário que sejamos todos conscientes do consumo dos produtos que não sejam testados em animais, e não produzidos com matérias primas de origem animal.






Quem é Ricardo Tripoli
Ricardo Tripoli, 60 anos, graduado em Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Filho de Ricardo Alvarenga Tripoli e Esther Nazello de Alvarenga Tripoli. Casado com Suzana Guimarães Tripoli, pai de três filhos, Bruno, Bianca e Giovanna. É ambientalista, advogado e atualmente deputado federal pelo PSDB (SP).
A trajetória política de Tripoli começou em 1982, quando foi o 3º vereador mais votado do município de São Paulo. Em 1983, foi nomeado Secretário de Negócios Extraordinários pelo então prefeito Mario Covas. De volta à Câmara, é indicado por Covas líder do Governo. Com a eleição de Jânio Quadros, vai para a oposição. Em 1990, foi eleito deputado estadual pelo PSDB, partido onde atua desde a sua fundação. Reeleito em 1994, foi autor da lei do ICMS ecológico, que destina mais recursos para municípios com parques, reservas biológicas e estações ecológicas. Nesse mandato, eleito presidente da Assembleia Legislativa, procedeu sua reestruturação e trabalhou para a modernização da Casa, que conseguiu o Prêmio ISO 9002.
Reeleito deputado estadual pela segunda vez, Tripoli promoveu estudos e elaboração de propostas para regulamentação ambiental (Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro do Litoral Norte) e também implantou o programa de educação ambiental e de preservação da Mata Atlântica (PPMA). Em 1999, assumiu a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, foi eleito presidente do Consema (Conselho Estadual do meio Ambiente) e recebeu o prêmio top de Ecologia pelo projeto “São Paulo Pomar, Mais Verde Mais Vida”.
Em seu quarto mandato como deputado estadual, assumiu a presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa. Também foi líder do PSDB na Assembleia entre 2005 e 2006.
Em 2007, Tripoli chegou à Câmara dos Deputados com a preferência de mais de 157 mil eleitores. No início da legislatura apresentou o projeto que institui o Código Federal de Bem-Estar Animal, que estabelece normas de controle populacional e de zoonoses, experimentação científica e criação. 


domingo, 27 de outubro de 2013

Um Prêmio Nobel para os cães

Ilustração Max/Diário do Comércio
RICARDO OSMAN
O melhor amigo do homem é um herói para os diabéticos. Foi graças aos cachorros, que cederam seus pâncreas e suas almas para a ciência, que os cientistas do final do século 19 e início do 20 descobriram que a falta de insulina – hormônio que leva a glicose do sangue para os tecidos – acarreta o emagrecimento, aumenta a quantidade de açúcar na urina e provoca a morte.
Naquela ocasião, o diagnóstico de diabetes era uma sentença terrível. As primeiras pesquisas ocorreram em 1889, na Alemanha. Oskar Minkowski e Joseph von Mering retiraram o pâncreas de um cachorro, conseguiram manter o animal vivo e observaram,  nos dias seguintes, surgir o quadro de diabetes. A experiência demonstrou que havia algo no pâncreas relacionado com o aumento do açúcar na urina (a glicosúria). Não se sabe nada do tal cachorro, talvez um simples vira-lata de Berlim.
Somente em 1910, Edward Sharpey-Schafer, utilizando igualmente cachorros, levantou a hipótese de que o diabetes seria causado pela deficiência de uma substância química, produzida no pâncreas pelas células das ilhotas de Langerhans. A insulina.
Pouco mais de uma década, outros cãezinhos cederam suas preciosas vidas para a Medicina: depois da Primeira Guerra Mundial, Frederick Banting e Charles Best publicaram a prova definitiva sobre o tratamento da diabetes por meio da insulina. Eles trabalharam na Universidade de Toronto, no Canadá. Injetaram em cachorros diabéticos extratos de células das ilhotas de Langerhans retiradas do pâncreas de cachorros saudáveis, revertendo o quadro da doença. Em seguida, Banting  recebeu o Prêmio Nobel de Medicina.


Os cientistas Frederick Banting (à esq.) e Charles Best
diante do cachorro que teve o
pâncreas retirado. Experiências no Canadá em 1921.

Todo diabético do mundo deve agradecer aos cães por estar vivo. Muitas crianças foram imediatamente tratadas com o novo medicamento.
Segundo o médico Drauzio Varella, em seu site, ao todo dez prêmios Nobel foram distribuídos aos cientistas na longa trajetória que levou das primeiras pesquisas na Alemanha até a refinada técnica da insulina pura injetável. Vale lembrar que cães também sofrem de diabetes e o tratamento é feito com insulina.
Mas o que essas histórias têm a ver com o Instituto Royal, que fazia pesquisa com 178 cães da raça beagle em São Roque?
O Instituto Royal é uma caixa preta. Nunca se soube o que exatamente ocorria lá dentro com cães, coelhos e roedores. Pesquisas de cosméticos? Fitoterápicos? Agrotóxicos? Medicamentos contra o câncer?
O Instituto Royal parece estar fazendo pesquisa no século 19: acha que não precisa prestar contas à comunidade, ter transparência, dizer o que faz, para quê e a que custo. Era assim nos dias dos alemães Oskar Minkowski e Joseph von Mering. Mas naqueles tempos antigos poucos se interessavam por aquelas experiências ‘malucas’ – nem eles sabiam ao certo o que procuravam.
Atualmente, a ciência e o cenário são bem diferentes. O Instituto Royal faz pesquisas nos tempos da engenharia genética, do sequenciamento do DNA, dos tecidos vivos produzidos em laboratórios, e do conhecimento avançado da fisiologia dos bichos. Funciona nos dias da comunicação online, do Facebook, do iPad e do iPhone, e do conceito de Bem-Estar Animal.
Principalmente: o Royal faz pesquisa em um momento em que os cães não estão relegados às ruas e à parte exterior das casas. No século 19, a maioria dos cães era vista como ameaça à vida humana devido ao risco de transmissão da raiva, doença incurável causada por vírus, e transmitida pela mordida de animais. Mas precisamente naqueles dias de Minkowski e Mering, em outro ponto da Europa, na França, Louis Pasteur estudou cães e desenvolveu a vacina contra a raiva. Este é o avanço da ciência que permitiu o ingresso dos cachorros dentro da sala de estar das famílias dos países ocidentais.
O cachorro doméstico, primo dos lobos, virou o melhor amigo do homem, por sua qualidade social e afetiva. Hoje, no Brasil, os cachorros estão dentro das casas e apartamentos, brincam com as crianças na frente da televisão, fazem companhias a idosos, são astros nos cinemas e sucesso na literatura. Todos devidamente vacinados.
O Instituto Royal esqueceu-se de Louis Pasteur.
As vacinas mudaram o mundo. E os segredos de pesquisas feitas com animais são hoje insuportáveis para boa parte da população. O imaginário popular em São Paulo e no resto do Brasil correu solto diante dos mistérios mantidos a sete chaves pelo Instituto Royal. Logo, a presença confirmada de cães beagles dentro da instituição começou a alimentar vários roteiros de filmes de terror e a aglutinar críticos por meio das redes sociais. Uma semana depois da invasão do instituto por ativistas que resgataram 178 beagles, as fileiras da Frente Parlamentar de Defesa dos Animais engrossam em Brasília.
Nas noites de gala na Suécia, nas cerimônias do prêmio idealizado por Alfred Nobel, não há registro de que algum vira-lata tenha ganho sequer um ossinho em gratidão pela contribuição de sua espécie à Ciência e, em especial, ao tratamento do diabetes. Desconheço. Fica aqui a sugestão: vamos dar simbolicamente um prêmio Nobel aos cães. Eles merecem!

Ricardo Osman é autor deste blog, jornalista e estudante de Medicina Veterinária na FMU (Campus Morumbi/SP). O artigo foi publicado na edição do dia 28 de outubro de 2013 no Diário do Comércio, jornal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Snoopy, dos campos ingleses para o tubo de ensaio?

O jovem Charlie Brown provavelmente participaria da invasão ao Instituto Royal na última sexta-feira, em São Roque. Charlie é o dono, nas histórias em quadrinho e depois na TV, do cãozinho Snoopy, o beagle criado em outubro de 1950, por Charles Schulz.
Snoopy ficou conhecido por gostar de ar fresco, de preferir dormir sobre o telhado de sua casinha. Nisto ele se parece com seus amigos reais.
A raça que inspirou o desenhista foi desenvolvida no Reino Unido para caçar coelhos ao lado dos homens.
O beagle é um cão dócil, cheio de energia, inteligente e de extraordinária saúde. Confia cegamente nos seres humanos. Essas são as qualidades que os cientistas começaram a apreciar no animal. Mas o que definitivamente levou os beagles para dentro dos laboratórios de pesquisa é o fato de serem animais exaustivamente estudados.
A Medicina Veterinária tem um bom raio-x dessa raça e conhece de perto sua fisiologia e anatomia. Não podemos nos esquecer que os ingleses beagles são da terra de Charles Darwin, o naturalista que elaborou a teoria da evolução das espécies, e da terra da Universidade de Cambridge, berço do estudo da história natural. Por conta disso tudo, Snoopy foi parar nos laboratórios do Royal.
Quem conhece o comportamento dos cães e seu universo emocional sabe que os beagles não vivem confortavelmente em celas revestidas de ladrilhos e sem uma família humana. São animais que precisam estar integrados a pessoas, precisam de tarefas, como a caça, gostam do sol (e do ar fresco como o personagem Snoopy). Foi exatamente desta forma que nós humanos os desenvolvemos. 
Independentemente da necessidade das pesquisas realizadas com eles, há maus-tratos psicológicos. Há 12 mil anos os cães convivem com os homens, nos protegem e nos fazem companhia em troca de alimento e afeição, e por isso são chamados domésticos. Parecem às  vezes que são nossos donos, como Snoopy é de Charlie Brown. Não podemos agora inventar para eles um novo e inaceitável papel: o de robôs biológicos capazes de viver em tubos de ensaios eternamente.

Artigo escrito pelo autor deste blog, Ricardo Osman, para o Diário do Comércio, jornal da Associação Comercial de São Paulo. Publicado na edição de 22 de outubro de 2013. Leia mais em ww.dcomercio.com.br

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O resgate dos Beagles no Brasil

Resgate dos Beagles/Foto Divulgação/Facebook

                             Ativistas resgataram na madrugada desta sexta-feira, dia 18,  cerca de 200 cães da raça beagle que eram utilizados em experimentos científicos no Instituto Royal, localizado na cidade de São Roque, a uma hora de carro de São Paulo. O
 promotor, Wilson Velasco Júnior, investigava denúncias de maus-tratos. Os cães foram levados pelos ativistas para locais seguros e secretos na capital paulista, e devem seguir para a adoção. Vídeos já mostram a alegria dos animais nos novos ambientes. Os beagles viviam confinados em espaços pequenos, em celas de piso de ladrilho, dentro do Instituto Royal.  A direção do Instituto Royal chamou a polícia e procura pelos animais, quer os beagles de volta. Os próximos dias prometem ser quente na cidade de São Paulo, com os ativistas protegendo e escondendo os animais. Mas a polícia deveria é tomar providências enérgicas contra a direção do Instituto Royal, e investigar as denúncias de maus-tratos nos cachorros. Alguns animais tinham as costas raspadas. 
                             O que faltou dizer no programa 'Fantástico', da Rede Globo (domingo dia 20/10): A direção do Instituto Royal deu entrevista defendendo a pesquisa que realiza utilizando os beagles, e que diz que é para desenvolvimento de medicamentos para uso humano. A direção alegou no programa que não há "maus-tratos" nos animais nos laboratórios, em São Roque. Entretanto, essa alegação não é verdadeira. Há maus-tratos psicológicos e emocionais nos animais. Quem conhece o comportamento dos cães domésticos sabe que os beagles não devem viver em celas com revestimento de ladrilhos brancos, sem direito a passeio e sem estarem integrados a uma família humana.
                              Vamos esclarecer alguns por pontos deste debate:
                              1) Os cães domésticos convivem com os seres humanos há 12 mil anos.
                              2) Os beagles são cães domésticos e precisam viver integrados a uma família humana, é isso que caracteriza a espécie.
                              3) Esses animais não têm como viver de maneira saudável em um espaço pequeno revestido todo de ladrilhos brancos, e sem longas caminhadas.
                              4) A raça foi desenvolvida no Reino Unido para a caça em campos abertos e sob o sol.
                              5) Quem conhece a evoluída estrutura emocional e psicológica dos cães sabe que não podem viver apenas entre eles, trancados em um local, comendo e bebendo. 
                              6) Não é só de ração que vive um cão.
                              7) Segundo o site UOL: Em 2004, a norte-americana Food and Drug Administration (FDA) publicou que 9 em cada 10 drogas testadas em animais (na maioria roedores) falhavam depois nos testes realizados em seres humanos
                                          
  
                                              


"Um pesadelo. Era uma cena horrível, eles estavam todos presos dentro de uma sala clara [o que dá a entender que não dormiam direito], cheio de cocô no chão. Para você ter uma ideia, os nossos pés deslizavam no chão, de tanto cocô que tinha no chão. Era um cheiro horrível", disse ativista que entrou no Instituto Royal, e que não quis se identificar nem mostrar o rosto porque teme que o instituto a encontre e leve os cães de volta ao laboratório (depoimento em reportagem do site G1 desta sexta-feira, dia 18).


          
                 A apresentadora Luisa Mell, que participou do resgate dos cães na sexta-feira, disse não temer ser indiciada pela Polícia. "Eu é que vou processar a instituição por tortura de animais", disse Luisa Mell (Folha de S. Paulo, Cotidiano 3, edição de 21/10/2013) 




O Brasil tem de mudar, não aceitamos mais barbaridades contra os animais.



Os ativistas divulgaram esta página no Facebook:
        "Adote um animal resgatado do Instituto Royal"

A página foi criada no Facebook às 16 horas da sexta-feira e por volta das 18 horas já tinha mais de 260 mil “curtidas” (seguidores online). O endereço foi criado pelo consultor de mobilidade urbana Daniel Guth, de 29 anos, de São Paulo.



DEPUTADO TOMA CONTA DE DOIS BEAGLES


NOTÍCIA DO G1 DESTA SEGUNDA-FEIRA, DIA 21 DE OUTUBRO DE 2013.
Duas cadelas da raça beagle que pertencem ao Instituto Royal estão sob a guarda do deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB), conforme informou a assessoria do político. Os animais foram encontrados por moradores no sábado, em São Roque, e levados até a delegacia. Ainda no sábado, de acordo com a equipe do deputado, Tripoli esteve no local e assinou um termo para ser fiel depositário dos animais. "As cadelas estão sob a guarda dele até que um juiz decida a destinação delas", explica Viviane Cabral, advogada do parlamentar. O delegado disse que está foi a melhor solução para os animais. Parabéns deputado Ricardo Tripoli!!!

Duas cadelas da raça beagle que pertencem ao Instituto Royal ganharam o nome das filhas do deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP)
O deputado federal Ricardo Tripoli e dois beagles resgatados (Foto divulgação)





VEJA REPORTAGEM ESPECIAL DO PROGRAMA PÂNICO 
(REPORTAGEM DESMENTE DECLARAÇÕES DA GERENTE DO INSTITUTO ROYAL, SÍLVIA ORTIZ. CACHORROS ESTAVAM EM PÉSSIMAS CONDIÇÕES E EM LOCAIS ESCUROS E APERTADOS)

http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?&tagIds=531201&time=all&orderBy=mais-recentes&edFilter=editorial&video=panico-acompanha-libertacao-dos-beagles-04024E1B3762C8B94326

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A benção de São Francisco de Assis em missa neste 4 de outubro de 2013 em São Paulo

A missa dentro da Igreja de São Francisco de Assis com os animais presentes
Fotos de Ricardo Osman

A Fraternidade São Francisco de Assis  na rua Borges Lagoa, em São Paulo, fez missa de hora em hora neste dia 4 de outubro de 2013 para os animais. Centenas de pessoas compareceram com seus cães, gatos e passarinhos. O frei José Francisco rezou a missa das 14 horas e lembrou o amor do Santo Francisco, nascido em Assis, na Itália, pela Natureza e pelos animais e pediu Paz para o mundo. Donos e animais assistiram a missa em harmonia, e apesar da presença expressiva de cães e gatos na igreja não se ouviram latidos ou miados. Uma cena emocionante, que a Fé explica. Na hora da Eucaristia, muitos donos preferiram tomar a hóstia com seus animais no colo, o que mostra o quanto são afetuosas essas relações. Nossos amigos nos animam, nos dão forças para o dia a dia. Depois da missa, frei José Francisco deu entrevista ao blog e disse que os seres humanos devem refletir sobre os danos que causam ao planeta. "O que provocamos contra a Natureza teremos de volta contra nós", disse ele. 


O momento da hóstia, com o querido cãozinho no colo
O carinho
A benção aos animais e a seus donos na frente da igreja


Um gatinho entrou na fila da benção





A festa teve doces e salgados especiais

Campanha de adoção de animais


Bons amigos na igreja




Reproduzimos aqui folheto distribuído na Igreja neste dia 4 de outubro:

                            ORAÇÃO PARA OS QUE CUIDAM DE ANIMAIS E PARA OS BICHINHOS NECESSITADOS

"O pobrezinho de Assis, como Francisco era chamado, foi uma criatura de paz e de bem, terno e amoroso. Amava os animais, as plantas e toda a natureza.
Poeta cantava o sol, a lua e as estrelas. Sua alegria , sua simplicidade, sua ternura lhe granjearam estima e simpatia tais que fizeram dele um dos santos mais populares  dos nossos dias. Ficou conhecido como o Protetor dos Animais e, em 1979, foi proclamado pelo Papa João II como o
Santo Patrono dos Ecologistas.


Bem-aventurado Senhor Deus criador de todas as criaturas,
Tu que chamastes adiante peixes no mar, pássaros no ar e os animais na terra, 
Tu que inspirastes São Francisco para chamar todos os animais seus irmãos e irmãs.
Nós pedimos que abençoe este animal.
Pelo poder de seu amor, permita-o viver de acordo com sua intenção.
Que nós possamos sempre louvá-lo por toda sua beleza na criação.
Bem-aventurado Senhor Deus de todas as criaturas.
Amém

Por todos os veterinários, hospitais e clínicas veterinárias, pet shops, ONGs e todos os lugares e pessoas que tratam, cuidam e acolhem animais. Que Deus, pela interseção de São Francisco de Assis, os abençoe e lhes dê sabedoria e amor para cuidar de todas as criaturas do vosso mundo.
Amém

São Francisco de Assis abençoe todos os animais da face da terra e em especial (citar o nome de seu animal necessitado) que neste momento precisa de Sua ajuda.
Dá-lhe a oportunidade da vida, a melhora da saúde. Permita que (citar o nome do animal) consiga passar por isto e se recuperar sem sequelas. 
Me dê forças e calma para ajudá-lo (a) e ampará-lo (a).
Amém 



SERVIÇO
Fraternidade São Francisco de Assis
Arquidiocese de São Paulo
Rua Borges Lagoa, 1.209
Vila Clementino, São Paulo - SP
Telefones: (11) 5576-7960
E-mail: paroquiavila@franciscanos.org.br
Site oficial: http://paroquiavila.com.br