terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Escândalo na Alemanha: galinhas passam sufoco em produção 'orgânica' de ovos!

As galinhas na suposta produção orgânica de ovos na Baixa Saxônia/
Foto divulgação Animal Rights Watch

As autoridades da Alemanha estão investingando a possibilidade de fraudes, em larga escala, em 150 fazendas da Baixa Saxônia que anunciam a produção de ovos de maneira orgânica. A produção orgânica de ovos segue princípios de bem-estar animal que preveem o conforto das aves, a temperatura ambiente adequada e até ninhos no chão. Em teoria, o estresse da ave deve ser evitado. Nada disso é visto na imagem acima. A foto é um flagrante feito pela Organização Não Governamental (ONG) Animal Rights Watch em uma das fazendas da Alemanha. Um absurdo! As galinhas poedeiras estão amontoadas sobre poleiros de ferro, em local aparentemente pouco arejado, superlotado e vemos ovos postos em canaletas. Vale lembrar aqui neste blog que os alimentos orgânicos são vendidos no varejo a preços mais altos do que os alimentos convencionais justamente porque garantem a produção segundo as regras do bem-estar animal. Mas tudo isso foi jogado fora por alguns produtores ambiciosos e inescrupulosos da Alemanha. 
A denúncia das galinhas surge dias após o escândalo da carne de cavalo na Europa. Alimentos congelados foram elaborados com carne de cavalo, mas o consumidor não foi informado disso e comprou como se fosse produto bovino. O assunto já ganhou as páginas dos jornais brasileiros como o Diário do Comércio, da ACSP.  

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Bicho-preguiça é resgatado na rodovia dos Bandeirantes

O resgate no dia 20 de fevereiro/Foto divulgação
                              Mais um resgate espetacular de um bicho-preguiça ocorreu nas rodovias de São Paulo graças à parceria entre a concessionária CCR Auto Ban, que administra a Rodovia dos Bandeirantes, e a Associação Mata Ciliar, que tem sede em Jundiaí. A ONG Mata Ciliar trata os animais resgatados e quando possível os devolve à natureza. O bicho-preguiça da foto foi salvo na semana passada. Ele estava no gramado lateral da rodovia, na altura do quilômetro 54 da Pista Sul (interior Campinas-Capital) e foi capturado enquanto tentava atravessar a estrada. O animal foi visto pela viatura da inspeção da concessionária. Teve sorte. Essa rodovia é de intenso movimento. Em 2012, funcionários da concessionária resgataram 10 bichos-preguiça no sistema Anhanguera-Bandeirantes. A Associação Mata Ciliar, de Jundiaí, salva também felinos atropelados, como a onça parda, dentro do projeto Guardiães da Mata. É exemplo para outras entidades de todo o País.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

ASPCA é exemplo de combate aos maus-tratos a animais nos Estados Unidos

                                                                        
Vale a pena conhecer melhor o trabalho da Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra os Animais (ASPCA), fundada em 1866 e com sede na cidade de Nova York. Você pode ver o programa sobre a atuação da ASPCA no canal de televisão Animal Planet ou visitar o site   http://www.aspca.org/Aspca-nyc. Trata-se de um trabalho exemplar que deve inspirar atuações semelhantes principalmente em grandes cidades brasileiras como São Paulo e Rio de Janeiro. A missão da ASPCA, segundo o seu fundador Henry Bergh, é fornecer meios eficazes para a prevenção da crueldade contra os animais. A divisão Humane Law Enforcement investiga cerca de 500 denúncias de crueldade contra animais em Nova York por mês. Isso resulta em cerca de 100 prisões por ano, segundo o site.

A equipe da ASPCA em ação/Foto divulgação

A Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra os Animais trabalha para resgatar animais de abuso, aprovar leis e compartilhar recursos com abrigos em todo o país. Esta foi a primeira sociedade a ser estabelecida na América do Norte e é, hoje, uma das maiores do mundo. É uma entidade sem fins lucrativos, mas que exerce poder de polícia no combate aos maus-tratos na cidade de Nova York e promove a doação de cães e gatos resgatados das ruas.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Ibama autoriza caça do javali-europeu para controle dessa espécie exótica na região Sul do País

        Leia reportagem da Agência Brasil sobre a autorização no Brasil para a caça do javali-europeu, espécie exótica que estaria afetando a nossa fauna e nossa flora.
      
Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
   "Está autorizada, no Brasil, a perseguição, a captura e o abate de javalis-europeus, da espécie Sus scrofa. A decisão, publicada no Diário Oficial da União de 1º de fevereiro de 2013 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), permitirá uma tentativa de controle desses animais que têm forte presença em algumas regiões do País, onde, em grande volume, vêm destruíndo lavouras e deixando a população em alerta.
    Nos últimos dias, os produtores da região de Ponta Serrada, no oeste catarinense, registraram perdas até 20% nas plantações, que são invadidas pelos javalis. Pelos números do Sindicato Rural de Ponte Serrada, quase 3 mil animais da espécie circulam pela região, passando de uma lavoura para outra e deixando um rastro de prejuízos, principalmente nas culturas de milho e soja.
     “Eles atacam as lavouras, principalmente, de milho e soja, e trocam de lugar muito rapidamente. Os bandos caminham muito durante a noite. Atacam uma lavoura aqui e daqui a pouco estão em outra plantação lá longe”, contou José Forestti, presidente do sindicato. “Eles são capazes de acabar com uma lavoura em uma noite, pisando nas plantações, revirando a terra e se alimentando. Mas, fazem mais estragos do que comem”, acrescentou.
     O temor, segundo Forestti, é que a falta de controle sobre o número de animais prejudique alguns produtores a ponto de não terem o que colher na próxima safra. Forestti cercou sua propriedade com material resistente, que mantém os javalis longe das culturas. “Mas eles ficam ali, rodeando. A gente evita andar à noite nas lavouras porque se nos pegam de surpresa, eles avançam. São agressivos e animais difíceis de abater porque são espertos, se escondem”, disse.
     Além da agressividade do animal, alguns moradores temem os riscos à saúde, já que os javalis podem transmitir doenças como a peste suína africana, peste suína clássica e febre aftosa. No oeste de Santa Catarina, a maior parte dos javalis está no Parque Nacional das Araucárias. Quando falta alimento nessa área, eles seguem para as propriedades rurais em municípios como Ponte Serrada, Passos Maia, Água Doce, Vargeão, Faxinal dos Guedes, Irani e Vargem Bonita, onde atacam as lavouras de milho, as hortas e até os criatórios de aves e suínos.
    Em 2010, os produtores de Santa Catarina enfrentaram problemas semelhantes e conseguiram levar a Secretaria da Agricultura a declarar que o javali Sus scrofa é nocivo à agricultura e a autorizar o abate do animal por tempo indeterminado.
    Pela instrução normativa do Ibama, o controle do javali será realizado por meios físicos. O uso de armadilhas, substâncias químicas e a soltura de animais para rastreamento, com a finalidade de controle, vão depender de autorização de manejo de espécies exóticas invasoras, que deve ser solicitada no site do orgão ambiental. Só será permitido o uso de armadilhas que capturem e mantenham o animal vivo. Laços e dispositivos que acionam armas de fogo, capazes de matar ou ferir os animais, estão proibidos.
    O Ibama destacou que não será permitido o transporte dos animais vivos ou a comercialização de qualquer produto e subproduto obtido por meio do abate de javalis. (Agência Brasil)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O Carcará na poesia de João do Vale

O Carcará/Wikipedia

Uma homenagem neste Carnaval ao grande compositor e cantor João do Vale e a ave Carcará, animal comum lá no sertão, que o inspirou em belíssima música. A canção 'Carcará' ficou famosa na voz de Chico Buarque e de Maria Bethânia. Conheci João do Vale no Forró Forrado, no bairro do Catete, no Rio de Janeiro na década de 1980. Segue a letra de Carcará:
                                        

Carcará
Lá no sertão
É um bicho que avoa que nem avião
É um pássaro malvado
Tem o bico volteado que nem gavião
Carcará
Quando vê roça queimada
Sai voando, cantando,
Carcará
Vai fazer sua caçada
Carcará come inté cobra queimada
Quando chega o tempo da invernada
O sertão não tem mais roça queimada
Carcará mesmo assim num passa fome
Os burrego que nasce na baixada
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem do que home
Carcará
Pega, mata e come
Carcará é malvado, é valentão
É a águia de lá do meu sertão
Os burrego novinho num pode andá
Ele puxa o umbigo inté matá
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem do que home
Carcará



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Nepal inicia censo demográfico de tigres

Reportagem da agência Reuters desta semana informa sobre os tigres de Bengala do Nepal.
Por Gopal Sharma
KATHMANDU, (Reuters) – Centenas de especialistas munidos de câmeras sofisticadas começaram nesta terça-feira, dia 5 de fevereiro, a percorrer as florestas das planícies meridionais do Nepal para contar o número de tigres ameaçados que vagam por seus parques nacionais.
Esse censo animal é crucial para uma estratégia do governo local para duplicar o número de tigres reais de Bengala no Nepal até 2022. Atualmente, há 176 desses tigres contabilizados no país, mas eles estão ameaçados pela caça e pela perda de habitat.
            O censo será feito em vários parques nacionais do sul do Nepal - reservas que se estendem até a vizinha Índia, que também fará um levantamento semelhante no seu lado da fronteira.
"A contagem simultânea ajudará a evitar que o mesmo tigre que cruza de um lado para o outro seja contado duas vezes", disse o ecologista Maheshwar Dhakal, do Departamento Nacional de Parques e da Vida Selvagem do Nepal.
           Milhares de tigres andavam no passado pelas florestas de Bangladesh, Índia e Nepal, mas hoje restam apenas cerca de 3.000 deles, segundo especialistas. Um grande desafio para sua sobrevivência é o comércio ilegal de órgãos animais usados na medicina tradicional chinesa. (Reuters)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Volkswagen tira do ar comercial que estimula preconceito contra o gato preto

Um comercial da Volkswagen na televisão, de péssimo gosto, estimula claramente o preconceito contra o gato preto. O animal aparece no capô do carro e o jovem se assusta com o "azar" que o bichano pode trazer. A campanha é para o novo Gol e é lamentável. O gato preto é perseguido, maltratado e abandonado neste País por causa de uma crendice estúpida. Entretanto, depois de protestos intensos nas Redes Sociais, a Volkswagen voltou atrás, reconheceu o erro da campanha publicitária "Superstição", produzida pela agência Almap BBDO, e anunciou que irá retirar o comercial do ar. Reconhecer o erro é sinal de maturidade da empresa e agradecemos por isso.
                                Veja abaixo a nota divulgada pela empresa na sua página do Facebook: "A Volkswagen do Brasil esclarece que “o comercial de varejo denominado ‘Superstição’ será retirado do ar nesta quarta-feira (dia 06 de fevereiro) em respeito e atendimento às manifestações acerca do tema. Em nenhum momento, no comercial, a Volkswagen quis estimular/sugerir qualquer tipo de desrespeito aos animais. Pelo contrário. Os animais sempre serviram de inspiração para as nossas campanhas, por sua inteligência e exuberância, e geraram filmes marcantes como o do Cachorro-Peixe e da Ovelha-Nuvem ( ambos para a SpaceFox), dos Tigres (CrossFox) do elefante Korama (Amarok), do “’cachorro Pug falante” (Jetta) e dos cães Labradores (Gol)”.


Nota de redação:  Este blog recebeu comentário com palavrões impublicáveis de um leitor anônimo que, mal educado, defendeu a propaganda da Volkswagen e o trabalho da agência Almap BBDO. Este blog reafirma ao leitor anônimo que escreve palavrões – e expõe sua ignorância e abre mão dos argumentos – que o comercial na televisão é extremamente preconceituoso sim e por isso a própria Volkswagen o retirou do ar. É lamentável que alguém diga que vemos preconceitos em tudo. O gato preto é uma das vítimas mais evidentes da ignorância humana, no comercial surgia como algo negativo sobre o capô, ruim ao motorista do carro. Isso estava claríssimo!! Mostra o oportunismo (fracassado) de alguns publicitários sem inspirações.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Um hospital público bom pra cachorro

O hospital Veterinário Público de São Paulo/
Foto de L.C.Leite/LUZ/Diário do Comércio
                                       
                                          Leia reportagem sobre o primeiro Hospital Veterinário Público do País, localizado na zona leste de São Paulo. A repórter Marisa Folgato visitou a instituição e escreveu para o caderno de Cidades do Diário do Comércio, jornal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). 
                                          Por Marisa Folgato
                                          "Beethoven fazia quimioterapia, enquanto Pit passava por exame de Raio-X após operar o fêmur com colocação de pinos e suporte externo e Daphne, cardíaca, fez uma cirurgia dentária, que vai curar uma ferida feia que saiu perto do olho.
Tudo de graça no primeiro hospital público veterinário do País, inaugurado no ano passado. Localizado no Tatuapé, zona leste, o centro médico é administrado pela Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais – São Paulo (Anclivepa-SP), com verba da Prefeitura: R$ 600 mil mensais. É preciso ter baixa renda para ser atendido.
“É um convênio nos moldes do firmado no Hospital M’Boi Mirim, que tem gestão do Albert Einstein. O Serviço Veterinário da Anclivepa recebe a verba da Prefeitura, tem uma meta de consultas, exames e cirurgias a cumprir e presta contas do trabalho executado”, explica o diretor administrativo do hospital, o veterinário Renato Tartalia, especialista em odontologia que operou Daphne. De acordo com ele, está prevista uma verba de R$ 7,2 milhões anuais.
                                           Segundo Tartalia, são atendidos, em média, 150 casos diários. “Atendemos 35 novos pacientes ao dia. São distribuídas senhas às 7 horas, diariamente. Os demais casos são retornos.” São realizadas 350 cirurgias ao mês. “Cuidando da saúde dos animais, estamos cuidando da saúde pública.”
                                          A cidade tem cerca de 4 milhões de cachorros e gatos, para uma população humana de 11,4 milhões de pessoas. “Os dados são alarmantes. Muita gente nunca levou o bicho a um veterinário. Nos deparamos com um número espantoso de casos de cinomose, por exemplo, uma doença causada por vírus, que mata e pode ser prevenida com vacina”, explica Tartalia.
                                         Doença que atacou Nina, uma cadela de 1 ano. Norma Alice Gonçalves, 51 anos, procurou socorro no hospital veterinário do Tatuapé. O tratamento foi tentado arduamente. Filha de Norma, Luana Gonçalves de Souza, de 25 anos, acarinhava o tempo todo o bicho, com respiração alterada e espasmos. “Hoje ela tá bem ruinzinha. Pode melhorar ou nem voltar para casa.” Não aguentou. Uma tristeza.
Campanhas – Norma garante que a família ama os animais, mas nem sabia da vacina. “Antes, para mim, como é para muitos, só existia a vacina contra a raiva. Precisavam informar mais sobre isso, fazer campanhas.” Ela já começou a espalhar a informação para vizinhos e conhecidos. Continua levando Princesa, outra vira-latas, ao hospital para tratar de um tumor. “O atendimento é bom, deveriam abrir outros.”

                                   Enfeites na testa e nas orelhas, a cadela Bomba, uma labradora obesa de 14 anos, foi fazer ultrassom na unidade da Rua Professor Carlos Zagotis, número 3, a primeira sede do hospital, onde funcionam a triagem, a emergência e alguns exames. “Ela tem lúpus de pele, mas o exame é para ver um nódulo que apareceu abaixo do baço”, explica sua dona, Gessy Borba, de 43 anos.
                                   “Tentei tratar o lúpus no veterinário particular, mas gastei R$ 2 mil em um mês e não deu mais. Sou bilheteira em eventos, sem trabalho fixo, uma hora nós não aguentamos.” Ela diz que alguns reclamam da demora, mas no Hospital do Tatuapé encontrou tratamento de qualidade e de graça. “Vim num dia e me mandaram pegar senha na manhã seguinte. Aí a Bomba já passou pelo clínico geral, dermatologista. Fez ultrassom, Raio-X, exame de sangue e foi marcada a biópsia.” Ficou oito horas no local de uma vez.
“Graças a Deus encontrei esse hospital”, afirma a overloquista Silvana Fernandes, 44 anos, com a mestiça de poodle Pit nos braços. “O veterinário particular pediu R$ 1,5 mil para fazer a cirurgia, fora os exames e consultas, e não tenho esse dinheiro.” Pit caiu da laje de casa e quebrou o fêmur em quatro partes. Teve de colocar pinos e fixador externo, ela se recupera.
                                “Isso aqui é maravilhoso, muito melhor que atendimento em hospital público de humanos”, diz o marido de Silvana, Walmir, um gráfico desempregado.



Quimioterapia – A poucos metros dali, funciona outra unidade do hospital, com mais especialidades, centro cirúrgico, internação, laboratório, com cerca de 300 metros quadrados. O atendimento tem crescido tanto que foi preciso aumentar as instalações.
No primeiro andar, Beethoven fez quimioterapia, acompanhado da dona, a vendedora Isabel Cristina de Castro, que não saía do seu lado nem um instante. O charmoso golden retriver tinha um tumor na cabeça. “Já diminuiu bastante”, afirma Isabel, que adotou o cachorro. “Encontrei o Beethoven triste, magro, acabado e deixei ele forte, saudável até agora. Mas ele vai ficar bom.”
                               “O melhor de tudo é a ação de educação da população, ao vir ao hospital. As pessoas não receberam essa noção de tratar o animal com dignidade, estamos saindo do zero. Vamos conseguir dos filhos. É um benefício para toda a comunidade”, diz o veterinário Tartalia.
                              “O nível de civilidade de um País pode ser medido pela maneira como as pessoas tratam seus animais. O Brasil está numa fase mínima.”
                              O hospital conta com 55 veterinários e 60 funcionários. “Temos ortopedia, cirurgia, dermatologia, endocrinologia, cardiologia, neurologia, oncologia, odontologia, anestesia, ultra-som, raio-X, laboratório clínico”, explica do diretor.
                              “Não fizemos hospital para quem tem dinheiro para pagar um veterinário particular, mas para aqueles que recebem benefícios sociais da Prefeitura, do Estado ou do governo federal, em programas como o Renda Mínima ou o Bolsa Família. Não é feito também para quem está endividado, mas para quem está em risco econômico.” Cada caso é avaliado por assistente social.
                             Segundo Tartalia, há pessoas desprovidas de tudo, que moram na rua, mas cuidam bem dos animais. “Já vi catador que divide a quentinha com o cachorro, aqui na frente, e há também os que têm um bicho com um tumor visível e nada fazem, ficam olhando o tumor crescer.”
                            No Serviço Veterinário da Anclivepa-SP aparece de tudo. “Do cidadão que realmente está em risco econômico, gosta muito do bicho e não tem como pagar o veterinário, que é o foco do projeto, aos que eram pobres e miseráveis anos atrás, tiveram um melhora, são capazes de comprar um carro em 72 prestações, mas não levam o cachorro para vacinar, deixam o bicho solto na rua e não cuidam.” E há os oportunistas: “Para não gastar, um dono de cachorro mandou a empregada para passar no veterinário daqui com o bicho dele.”
                          De acordo com Tartalia, dois terços dos pacientes são cachorros e um terço, gatos (somente são atendidos cães e gatos). Vira-latas na imensa maioria. “Cerca de 70% dos casos atendidos poderiam ser evitados, porque 33% são vítimas de atropelamento, queda, trauma, chute, riscos que não existiriam com a posse responsável; 20% são doenças de fêmeas, como câncer de mama, complicações do parto e infecção uterina, que não ocorreriam se os animais fossem castrados; e 7% são casos de cinomose, doença evitável com vacinação.”"

Serviço

Hospital Veterinário da Anclivepa-SP
Rua Professor Carlos Zagotis, número 3, Tatuapé. Telefone 2227-0858.
Senhas de segunda a sexta-feira, às 7 horas. São 30 por dia. É bom chegar uma hora antes.

Leia a íntegra da reportagem em http://www.dcomercio.com.br/index.php/cidades/sub-menu-cidades/104265-um-hospital-bom-pra-cachorro

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Solidariedade internacional aos jumentos no Ceará

Jumentos no Ceará/Foto de Eduardo Aparício/ANDA

                                                       
                               Importante reportagem publicada pela Agência de Notícias de Direitos Animais, a ANDA, mostra a solidariedade internacional com os jumentos no Ceará, que estão sendo abandonados nas estradas por seus donos. Na opinião deste blog, o fenômeno é consequência do uso crescente de motocicletas baratas como meio de transporte na região. 

Título: "Chega primeira remessa de alimentos enviados por ONG francesa a jumentos do Ceará." 

                          "Chegaram as primeiras 13 toneladas de milho destinadas aos jumentos da Fazenda Paula Rodrigues, mantida pelo Detran no município de Santa Quitéria (CE) . A doação do alimento tornou-se possível com o apoio da ONG francesa One Voice, numa parceria com a União Internacional Protetora dos Animais (Uipa), de Fortaleza.
                           O voluntário da Uipa, Eduardo Aparício, acompanhou a entrega do milho, que ocorreu por volta das 13h de ontem (31 de janeiro). A compra dos grãos foi realizada em Limoeiro do Norte, e o transporte foi feito sob a responsabilidade do Detran. Esta foi a primeira de quatro entregas que deverão ser feitas durante o semestre, de acordo com doação de verba da One Voice. Nesta remessa, foram investidos R$12 mil pela entidade.
                           Há cerca de 15 dias, o transporte dos grãos foi decidido em reunião entre representantes da Uipa, o superintendente do Detran, Igor Vasconcelos Pontes, e o gerente do Núcleo de Supervisão Regional do Departamento João Carlos Macedo Costa. São cerca de 3.500 jumentos que se encontram na fazenda, de ambos os sexos e todas as idades.
Eles são apreendidos pelo Detran nas rodovias do Estado em 13 caminhões que recolhem animais abandonados ou perdidos, levando para a fazenda. O proprietário tem até dez dias para resgatar. Por mês, são feitas cerca de 800 apreensões, a maioria de jumentos. Apenas 10% delas se referem a cavalos, ovinos, caprinos e bovinos.
                        Segundo Eduardo, o milho deverá abastecer os animais por cerca de um mês. “Priorizaremos os mais debilitados, que serão selecionados para receber alimentos”, explica. Segundo a presidente da Uipa, Geuza Leitão, o jumento hoje foi esquecido pelo sertanejo, mas fez parte da história e desenvolvimento da região. Há alguns anos o animal chegou a ser comercializado por R$ 1,00. A Uipa realiza antiga luta em favor das diversas espécies de animais, especialmente os jumentos no Ceará..."
Leia a íntegra da reportagem, que tem como fonte o Diário do Nordeste, no site da ANDAhttp://www.anda.jor.br/01/02/2013/chega-primeira-remessa-de-alimentos-enviados-por-ong-francesa-a-jumentos-do-ceara