quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Hora de rever as lições em sala de aula

              Os profissionais de hoje ainda lembram os termos usados em sala de aula para descrever o ser humano e os animais: os primeiros eram os "racionais" e os segundos os "irracionais". Mas todos os dias, e com razão, vemos em casa ou na clínica veterinária, momentos em que os nossos animais se mostram "inteligentes" e "racionais". Os cães e os gatos domésticos, por serem mais próximos aos humanos, são exemplo de uma complexidade lógica e emocional, e seres que têm sentimento e raciocínio.
              Portanto, é hora de incorporarmos algumas reflexões de Edgar Morin, pensador francês, sobre o que é ensinado nas salas de aula dos colégios tradicionais sobre os animais, onde ainda hoje onças e lobos-guarás são apresentados como "selvagens" _ palavra que não define mais quem vem da selva, mas tem nova representação simbólica, que aponta para o que pode ser perigoso, não submetido, imprevisto e de comportamento agressivo.
             Morin enumerou em seus estudos os 7 saberes importantes aos educadores do futuro e o assunto foi tema do Mestrado em Saúde e Bem-Estar Animal do curso de Pós-Graduação da FMU que estou cursando em São Paulo.
             Considerando os pontos propostos como a transdiciplinaridade do conhecimento, os princípios do conhecimento pertinente e a ética do gênero humano, é dever dos educadores da atualidade rever o ensino sobre os animais e de seus comportamentos naturais.
             O Homo Complexus como define Morin é que pode ser bastante "irracional", "destruidor" e até "selvagem". O comportamento dos animais silvestres é atualmente conhecido, segue a hábitos previsíveis, de amor, proteção e evidente de defesa contra agressores, como seres humanos caçadores que invadem seus territórios ou cortadores de florestas e invasores de matas.
             A ideia do lobo mal deve definitivamente ficar para trás nas salas de aula. As crianças hoje em dia chamam cães e gatos de "amigos" e de "irmãos" como vemos hoje no dia-a-dia da clínica veterinária. Estão aprendendo sozinhas com o apoio de São Francisco de Assis, e muitos educadores devem ouvi-las.
            É hora de leitura dos textos de Edgar Morin e do emprego de suas ideias nas aulas de Biologia.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Um ônibus destinado à castração de cães e gatos


O veículo totalmente adaptado pela Ampara/Foto Divulgação
Surgiu uma boa ideia na área de prevenção de cães e gatos, com a realização de cirurgias de castração, procedimento que além de evitar crias indesejadas, é medida de prevenção ao câncer de mama, por exemplo. É um ônibus adaptado para a realização de cirurgias de esterilização de cães e gatos, um projeto da Prefeitura de São Paulo em parceria com a Associação AMPARA Animal.
Segundo texto recebido da assessoria de imprensa, o projeto teve início na segunda-feira (18) com uma ação na região da Luz. A estimativa dos organizadores era de realizar 60 cirurgias de castração de cães e gatos. A parceria com a instituição foi viabilizada pela Secretaria Especial de Investimento Social.  
Os atendimentos serão feitos em um ônibus preparado e equipado pela AMPARA Animal, de acordo com as exigências na resolução 2579, de outubro de 2016, do Conselho Regional de Medicina Veterinária, que normatiza os procedimentos de contracepção de Cães e Gatos em mutirões de esterilização no Estado de São Paulo. 
 
 
 
Com uma atuação de seis dias em cada local, estima-se a realização mensal de aproximadamente 400 procedimentos de esterilização cirúrgica de cães e gatos apenas neste veículo. No ônibus, os animais atendidos também receberão o Registro Geral Animal (RGA) e serão microchipados. Seus tutores também serão orientados sobre Guarda Responsável.
A equipe de trabalho será composta diariamente por dois integrantes para a realização da coleta de dados e organização do público, dois estagiários responsáveis pela triagem pré-operatória dos animais, três médicos veterinários, sendo um responsável pela anestesia, um pela cirurgia e outro pelo pós-operatório, além de cinco enfermeiros auxiliares. 
 
Essa ação terá o apoio da Vetnil, especializada em produtos veterinários.
 
AMPARA Animal
Criada em 2010, a Associação das Mulheres Protetoras dos Animais Rejeitados e Abandonados é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), sem fins lucrativos, que trabalha na captação de recursos para amparar instituições e protetores independentes com ração, medicamentos e atendimento veterinário. 
 
A organização também realiza trabalhos para a conscientização de adultos e crianças sobre o cenário de abandono de animais. Atualmente, a associação conta com cerca de 250 protetores independentes cadastrados, entre São Paulo e Rio de Janeiro, auxiliando mensalmente cerca de 10 mil animais.

Fonte: Valle da Mídia Assessoria de Imprensa

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Campinas vai multar quem maltratar animais

  
O site do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP) publicou nesta semana notícia importante sobre novidade na cidade de Campinas. Leia a seguir a notícia, cuja fonte original é o G1, sobre o estatuto de proteção aos animais domésticos nesta cidade do interior de São Paulo.

Campinas define multa para caso de maus-tratos a animais e obriga donos a fazerem cadastros até 2019


O estatuto que estabelece normas para proteção, defesa e controle da população de animais domésticos em Campinas (SP) estipula multa de R$ 233 por item descumprido e determina que cães e gatos no município sejam cadastrados pelos donos, por meio de microchipagem, até junho de 2019. A assinatura foi feita pelo prefeito, Jonas Donizette (PSB), na quarta-feira (28 de junho).
Segundo estimativa do governo municipal, há na metrópole cerca de 200 mil cães e 20 mil gatos. O documento é formado por 104 artigos e inclui descrições sobre ações e omissões dos proprietários que podem provocar dor ou sofrimento aos animais. A regulamentação deve ser feita em 30 dias.
O documento também estabelece necessidade de ações para prevenção e controle de zoonoses, entre elas, informações sobre vacinas no ato do cadastramento, além de cuidados básicos ligados às necessidades físicas dos animais - coleta de dejetos nas ruas, por exemplo, seguida pelo depósito em lixeiras destinadas à coleta pública -, e proibição de abandono em espaço público ou privado.
"A Prefeitura vai fiscalizar, advertir e agora passa a ter poder de multa. Quando ela visitar alguma situação ou denúncia feita e comprovar irregularidades, ela pode aplicar uma para cada. É uma maneira de cada vez mais conscientizarmos a pessoa da posse responsável. Tem o animal, cuida direitinho dele, trata bem e, se incorrer em maus-tratos, será multado", explicou Jonas.

Fiscalização
A multa corresponde a 70 unidades fiscais - o valor individual, estabelecido para o exercício tual, é de R$ 3,3297, informou a administração. A cobrança, entretanto, dobra em caso de reincidência.
"A fiscalização caberá ao Departamento de Bem-Estar Animal, criado na nossa gestão [...]. Em um mês estaremos fazendo regulamentação e já vai estar valendo todas as penalidades", falou o prefeito. Questionado sobre o número de integrantes da equipe responsável por verificar o descumprimento da lei nas ruas, Jonas não citou números e defendeu ajuda da população. "Nós vamos começar com uma equipe, o importante é dar início. Não podemos esconder que não só Campinas, mas Brasil vive uma crise econômica. Nós temos também que ter equilíbrio nas despesas feitas. Por isso, quero contar com apoio da população [...] cada um pode ser um fiscal, porque todo mundo praticamente tem uma câmera fotográfica, que é o celular", alegou ao também afastar a hipótese de concurso para contratações ao grupo que fará este trabalho.

Como será feito?
O secretário do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Rogério Menezes, afirmou que os trabalhos devem ser feitos inicialmente por seis fiscais que atuam no Departamento de Bem-Estar Animal. Para ele, a quantidade não é "pequena", apesar da dimensão do município. De acordo com Menezes, haverá um mapeamento dos casos para abordagem e conversa com moradores. "É uma política pública bem pensada".

Denúncias podem ser feitas pelo telefone 156.

Fonte: G1.

(http://www.crmvsp.gov.br/site/noticia_ver.php?id_noticia=5931)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Todo cão merece uma casa




A preocupação com o abandono de cães na cidades brasileiras não é mais um problema restrito ao grupo de protetores, amantes dos animais ou de ONGs. Grandes redes do varejo de alimentação mostram que estão também preocupadas com o tema. Neste verão de 2017, o Habib's resolveu abraçar a causa e lançou uma campanha a favor da adoção de cães sem lares. 
"Todo cão Merece uma Casa" tem como garoto-propaganda o Snoopy, que como todos sabem é apaixonado por sua casinha. O problema do abandono é grave. Afinal, cães abandonados sofrem nas ruas, passam fome, e ainda podem causar acidentes de carro e de motos, e agravar o quadro ruim da saúde pública. A retirada de um cão da rua beneficia portanto a todos: o animal, os que gostam de bichos, os motoristas e a cidade de maneira geral. 

O interessante da campanha são os cards com fotos de alguns dos cães a serem adotados, como a Bisnaga, o Sol, a Loli, o Feijão, o Zen, a Berenice e o Suspiro (como na foto acima), além de mensagens que estimulam as pessoas a visitarem o site (www.kithabibs.com.br), onde é possível encontrar informações sobre os cães e a importância da adoção. Há ali também uma lista com ONGs e abrigos, que trabalham a causa com seriedade e credibilidade reconhecidas.
Há milhões de cães abandonados no Brasil e a maioria deles nunca encontra um lar. São cães abandonados nas férias, no período de Carnaval, por exemplo, por gente que quer viajar e não quer ter despesas com hotel para o cachorrinho, enfim um reflexo da irresponsabilidade com que muitas pessoas lidam com os animais de estimação.
“É ótimo usar a força de nossa marca para promover causas que façam a população refletir e agir”, disse Bruno Reis, superintendente de Marketing do Habib’s.




segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Trechos de um poema de Natal

Em 1949, o poeta Manuel Bandeira escreveu o poema Presepe. Segue abaixo um trecho:
"Os anjos contavam
que o menino viera
para redimir
o homem – essa absurda
imagem de Deus!
Mas o jumentinho,
tão manso e calado
naquele inefável,
divino momento,
esse bem sabia
que inútil seria
todo o sofrimento (...)"